Dicas

 

7ª Edição

Dicas de Livro Dicas de Filme Dicas sobre a Língua Portuguesa

 

Dicas de Livro


A distância entre nós

A obra “a distância entre nós” conta a história de Bhima e sua patroa, Sera. Donas de realidades bem distintas, elas estão unidas pelos laços femininos e pelas experiências que compartilham.

Bhima, todos os dias, deixa seu barraco na grande Bombaim e vai à casa de Sera, onde trabalha como empregada doméstica. A sua neta, Maya, é a única pessoa na vida dessa pobre analfabeta, já tão calejada por uma vida de sofrimento e perdas. Sera é uma dona de casa de classe média alta cuja opulência material esconde a vergonha e a desilusão de um casamento violento.

A obra relata a história testemunhada por duas mulheres dolorosamente reais na Índia de hoje. A dura realidade da vida das mulheres na sociedade indiana transpassa as classes sociais e atinge a todas.

Difícil de acreditar que neste momento em outro lugar do mundo ainda se viva desta maneira, a leitura de “A distância entre nós” ao mesmo tempo em que capta intensamente o modo pelo qual as dores humanas ultrapassam as divisões de classe e cultura, desperta outros tantos sentimentos que o leitor compartilha com os personagens.

Ana Maria Araújo Soares

A menina que roubava livros

“Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo”.

É desta maneira que a Morte começa a se apresentar ao narrar este livro. Cheia de encantos, a narradora mostra a sua face mais bela ao contar a história de Liesel, a menina que roubava livros, cujo rosto viu três vezes.

Em tempos de Segunda Guerra Mundial e em solo alemão é que se passa a estória. Com o seu primeiro livro roubado – “O Manual do Coveiro” – cujo dono deixou cair na neve no enterro daquele dia, a menina chega a Rua Himmel, numa área pobre de Molching. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo de sua mãe, Liesel foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta.

A guerra, assim como a narradora, tem duas faces. Sendo capaz de gerar os piores sentimentos, mas também capaz de fazer aflorar os mais belos.

Ana Maria Araújo Soares

 

Dicas de Filme





Alta Fidelidade

É raro encontrar um filme curto, leve e despretensioso quem tenha se destacado positivamente na crítica e que tenha sido tão aceito. Apesar de parecer pequeno no começo ele cresce e se edifica no decorrer da história.

O diretor uniu em perfeita harmonia a dose exata de entretenimento e reflexão, um enredo sem muitos atrativos, mas nada que tenha sido preponderante se levarmos em conta a atuação brilhante de John Cusack que interpreta Rob, o protagonista.

Rob é dono de uma loja de discos, nerd e viciado em boa música, o filme é um retrospecto da sua inábil vida amorosa, no Top5 estão qualificadas as piores desilusões. Por várias vezes ao comentar sobre suas experiências ele se dirige a nós de forma direta assemelhando-se a interação que há no teatro. A cada nova história é possível passear um pouco em diferentes contextos culturais e ideológicos, é realmente divertido observar o posicionamento de Rob nas diferentes narrativas e montar a partir de um conjunto de imagens a sua real personalidade.

Bons diálogos, piadas ótimas e a excelente trilha sonora marcam o filme do início ao fim, diferentemente dos posicionamentos clássicos dos diretores quanto ao amor, nem fatalista, nem utópico Stephen Frears mostra algo mais próximo da realidade, duas pessoas ficam juntas e fazem o possível pra isso acreditando, mesmo ingenuamente, que serão felizes juntas.

Ele está longe de ser uma obra prima do cinema, mas é nos últimos anos um dos melhores nomes que se pode conseguir, uma típica comédia romântica inteligente e espirituosa.

Ilis Nunes Almeida Cordeiro

 

Dicas sobre a Língua Portuguesa

Figuras de Linguagem

As figuras de linguagem são recursos de estilo usados em textos literários e jornalísticos. Podem ser definidas como desvios das formas gerais da linguagem. São usadas quando se quer dar um maior destaque à comunicação.

As figuras de linguagem se subdividem em figuras de palavras e em figuras de pensamento. Entre as mais importantes figuras de palavras estão: a metáfora, a metonímia, a catacrese, a antonomásia, a elipse, o pleonasmo, o anacoluto, a silepse, o hipérbato, a alteração, o polissíndeto e o assíndeto. No caso das figuras de pensamento, destacam-se: a hipérbole, a litotes, o eufemismo, a ironia, a prosopopéia e a antítese.

Nesta edição, e nas próximas, do Jornal PET - Elétrica, a seção das dicas sobre a língua portuguesa tratará dessas figuras de linguagem. Começaremos com a metáfora, a metonímia, a catacrese e a hipérbole:

- Metáfora: constitui o uso de uma palavra fora do seu sentido formal, mas num sentido analógico.

    Ex.: Minha professora é uma fera.

           “A vida é um sopro!” (Oscar Niemeyer)

Metonímia: consiste na substituição de um termo por um outro, tendo este uma relação de semelhança ou associação com o primeiro. Existem vários tipos de substituição que caracterizam a metonímia. Dentre elas pode-se citar: a substituição do autor pela obra, da causa pelo efeito, do continente pelo conteúdo, etc.

    Ex.: Bebeu duas garrafas de cerveja. (continente pelo conteúdo)

           Ela gosta de ler Guimarães Rosa. (autor pela obra)

           Minha mãe me fará mil reclamações. (determinado pelo indeterminado)

- Catacrese: é a figura de linguagem que consiste na utilização de uma expressão ou palavra que não expressa exatamente o que se quer dizer, mas que é usada por não existir um termo apropriado ou por ser muito comum.

    Ex.: Pedro tropeçou no pé da mesa.

           A asa da xícara quebrou.

           Antônio já fez seu pé de meia.

Hipérbole: a figura de pensamento que expressa uma afirmação exagerada, de modo a aguçar a dramaticidade daquilo que se quer dizer.

    Ex.: Minha mochila está pesando uma tonelada.

           Quase que morri de tanto rir.

     

Edson Porto

 

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